sábado, 30 de janeiro de 2010

Exatamente Assim

Deixe-me ser,
Assim,
Exatamente assim,
Livre,
Do jeito que eu quiser ser...

Não me critique,
Não me julgue,
Não me subestime
Nem me superestime

Me veja,
Exatamente assim como eu sou,
Sem seu julgamento massacrante
Sem suas falácias

Como se vocês fossem tão perfeitos assim....

Julgando friamente,
Criticando, comentando, fuxicando
Como a vida seria assim tão fácil,
Se não fossemos tão vulneráveis ao que sentimos

Todos são vulneráveis
Em maior ou menor grau
Pra que esse olhar e análise tão frias?
Pra que se debruçar sobre a vida alheia?

Seria tão fácil,
Se fossemos robôs,
Analisando, calculando e avaliando,
Matematicamente, nossas melhores chances
Nossos melhores passos a seguir

Não somos assim,
Cada um, um vulcão
Envolto em expectativas, sentimentos
Insegurança, precipitação
Todos os sentimentos...
Prestes a entrar em erupção

Todos,
Misturados em um caldeirão
Distorcendo sua razão,
Atrapalhando seus passos,
Às vezes

Mas às vezes,
Por mera intuição,
Você se envolve em imensa felicidade
Encontra o caminho,
Tem sucesso
E seu vulcãozinho interno
Esse mesmo caldeirão
Explode
E te faz gritar, pular, exultar
E se entregar com toda a força

Por isso me aceite,
Apenas como eu sou,
Não mais do que isso,
Nem menos

Não me critique,
Não me julgue,
Não me corrija,
Não me confronte,

Por que também,
Tenho que te aceitar,
Assim como você é
Em defeitos, qualidades e sentimentos

Sejamos livres então,
Pra ser quem somos,
Sem medo de errar,
De ser criticados,
De ser julgados

Apenas como somos....

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