domingo, 21 de dezembro de 2008

Desencontros

Ando tão melancólico
Da angústia que não perece
Até rezo feito católico
Pela sorte que não se oferece

Ando muito retórico
Falando sem dizer nada
Fico ainda mais melancólico
O destino e mais uma cilada

Entre tantos desencontros
De retalhos nunca se emenda
Outros tantos encontros
Espero que um dia você entenda

Nossa rota viaja cheia de desvios
É mal sinalizada
Nós entramos na rua errada
Até hoje a ver navios

Seguimos nos desencontrando
Dança com outro par no meio do salão
Outra vez nos vamos reencontrando
Até o próximo xote ou baião

Pegamos a próxima estrada
O reencontro com malas para seguir viagem
Mas ainda estamos à margem
Uma estrada sinuosa que não leva a nada

Tentamos mais uma entrada
Queremos nosso amor em uma estrada reta
Traçamos uma nova meta
Que não mais nos desencontremos por nada

3 comentários:

Tezzin disse...

Desencontros, deverás, são necessários.
Não necessita unicidade e não dispensa a coragem!
Veja, portanto: São para poucos!
Boa semana!

Camila disse...

Amo reencontros, mas detesto desencontros...

"A vida é a arte dos encontros embora haja tantos desencontros pela vida."

Beijo

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado