sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Taste The Pain








Taste the pain
It´s all the same
Nothing else remains
Don´t race,
Just taste

Never gonna be the same
There´s nothing left to say
You´re outta here
Outter space
Just taste

No need to be ashamed
Mistake leads to hate
Slow pace
Just taste

All along is just waste
So bitter taste
Enter and entertain,
You´re alone again

Just face,
So cruel to embrace
Hurts, pride and mistakes
Broken hearts,
Daze,

On the road again,
The dark and rain
Feeling down just pain
Pain

Feel the pain,
So deep and strange
Silence again,
Just come,
Feel
And taste this pain

So bitter pain...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Soneto do Inevitável



E de repente, tudo mudou
O orgulho ficou ferido
De repente tudo desandou
Alguém se sentiu traído

De repente, só pela imagem
Cria-se algo novo, novo fato
Atitude de mentira sem mensagem
Entre alguns forma-se o hiato

A fuga é a grande solução
E para todos um grande espanto
Quase obra de ficção

Fugir, correr para não encarar
O prenúncio de um triste canto
Já não há mais como escapar

domingo, 20 de novembro de 2011

Atrás do Brilho Que Se Perdeu



Caçando,
Buscando,
Procurando...

Um pouco do brilho que se perdeu....

Tentando,
Lutando,
Resistindo,

Pela poesia que não se rendeu...

Querendo,
Não desistindo,
Relutando

Pelo dia que ainda não escureceu...

Eu quero,
Eu posso,
Eu consigo

De novo o brilho que se perdeu....

O cheiro da novidade,
A alegre brisa de outrora
A leveza daqueles tempos

De novo....

O brilho,
De olhos nos olhos
Da renovação
Aquele brilho que eu sei que não se foi...

Então a luta,
A batalha diária,
Pela poesia,
Pelo amor,
Pela vida...

Coisas materiais que estragam
Cotidiano que desgasta
Coisas pequenas que intervém

No dia a dia
Na poesia,
O brilho,
A euforia,

Há pelo que lutar
Há pelo que resistir
Há pelo que tentar

Pela poesia,
Pelo amor,
Pela vida,

Atrás do brilho que se perdeu....

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um Dia Para Esquecer



Dias pra morrer
Dias pra esquecer
Dias pra sumir....

Dias pra desaparecer
Dias pra correr
Sumir
E sequer lembrar que existiu

Um dia eu já quis correr
Desistir
E esquecer de tudo
Abandonar,
E jogar pra cima esse imenso fardo que é viver

Seguir, desistir, abandonar?
Aonde está aquele otimista que você já foi?
Alguém que apenas respira e quer se enterrar

Ser arrastado pelos dias,
Levado com a barriga pelo tempo e pelo destino
Os dias dominados por solidão
E a sensação de nulidade

No mundo que te atropela
No círculo social hipócrita que não te serve
No tempo que não pára e não entende sua tristeza

Hoje eu só queria sumir,
Voar,
Dormir,
Acordar
Como se nada tivesse existido

Acordar no mundo novo
Resolvido
Limpo
Lindo
Azul

Só queria dormir
Sumir...

sábado, 22 de outubro de 2011

Calar, calar e calar



Qual a solução
Para tanto inferno em terra?
Pessoas se maltratando
Se maldizendo
Contradizendo...

Qual a solução
Para tanta diferença
Tanta indiferença
A solidão tão imensa

Calar, calar e calar
E seguir vivendo
Cotidiano avassalador
Segue te massacrando
Com deveres e dívidas
Do modelo de pessoa que você deveria ser
Mas por pura incompetência não é...

Calar, calar e calar
E seguir remoendo
Todos os traumas
Não entendimento
A fofoca
A mentira...

Calar, calar e calar
Segue o Brasil
Perante a toda palhaçada e corrupção
Você segue vivendo
Calado, sorrindo e sambando...

Bebendo sua cerveja,
No fim de semana
Assiste Faustão
Na segunda
Fala de futebol,
Ri a toa

Mas do que importa mesmo,
Da grande podridão que te rodeia
Do seu ambiente de trabalho infectado
Da política suja do seu país
Dos mandos e desmandos do mundo...

Da guerra,
Intolerância religiosa do mundo
Da fome
Da África
Da AIDS....

Calar, calar e calar....

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Estrela Decadente



Minha estrela decadente
Tão decadente,
Perde seu brilho
E vaga
Rumo ao ostracismo

Antes o amor,
Hoje se corrói na inveja
No desejo de destruir
Em jogos inúteis

Minha estrela decadente
Hoje já não brilha mais
Quer ofuscar o brilho alheio
Quer destruir o brilho alheio

As lembranças do passado que não volta
Não!
O tempo não volta mais
E a estrela a se torturar
Por bons tempos que não voltam mais

E a se lembrar
Se torturar
Se perguntar
Por quê?

Nada mais volta,
O céu não é o mesmo
As pessoas não são as mesmas
O universo não é o mesmo
Nada mais é a mesma coisa

Estrela
Cadente
Tão decadente
A cair
A sumir

Não vai mais brilhar,
Não vai
Nunca mais...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Atrás das Almas



Por trás das almas,
Tanta coisa tão complicada,
Brigas, intrigas
Desilusões

Por trás das almas
Sentimentos confusos
Escusos,
Inveja, raiva, angústia

Pessoas que fantasiam realidade
Inexistente e novelesca
Pintam um mundo rosa que não existe
Mentem e traem

Se escondem atrás de sua casca e aparência
Imagem pré moldada
E por trás de tudo isso
Maldade, inveja, arrogância

Coisas tão complicadas
Atrás de cada alma
Interrogações, frustrações
Expectativas, ansiedade

Traumas, medos
De outros, do futuro
Por trás do politicamente correto
Almas, desejos, vontades
Necessidades

Atrás das almas
O mais negro de cada ser
O lado mais reprimido de cada alma
Reprimido por essa sociedade

Sociedade decadente, falsa
Hipócrita e convalescente
De valores e caminhos tortuosos
Injustiças e ambição

Atrás de cada alma
É turva minha visão
Uma mistura de muitas coisas
Já não consigo ver
Distinguir
Sentir....

Atrás das almas
Atrás de tudo
Tanta coisa
Tão confuso...

Tudo...

domingo, 7 de agosto de 2011

The Mask




Behind the scenes
You´ve turned so much different
Wearing your mask
You have turned something different

Cover or shelter,
Evil ways
You go mistreated
Envy, greed

You´re crawling,
Hiding who you are through the bushes
Poisonous snake
That bite hurts so I can´t take

Filled up with thorns
Heart so hurted by these thorns
Digging your way straight to hell
Gossiping, betraying
No one could ever tell

You really sounded kind of sweet
Your appearance, your way, your voice
All in all just a great disguise
Trapped all inside your own pride

So hurted pride....

You turned to evil
Thanks to your pride
Searching the next lie to arrange
Stained by the wish for revenge

Your masks are on
The show´s gonna start
Curtains open
Hypocrite, hate
Tainting out all your heart

Black contamined heart...

You cover all your atitudes
Behind the masks you´re wearing
You´re so different
You´re much different

So damn different....

I just wonder why
You keep your masks on
The show is still on
Lies, lies, lies

I´m just waiting
Till the show´s over
Till the curtains close
Till the lights are off

Wait until the mask falls....

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Esperando Pelo Fim



Já se sentiu perdido?
No labirinto?
Sem saídas,
Alternativas

Já se sentiu impotente?
Sem força, sem poder
De mudar tudo,
O curso das coisas....

Já se sentiu em dúvidas?
Na encruzilhada,
Sem saber para onde ir,
Ficar ou sair?

Ela ilude com seus subterfúgios....

Já sentiu que tudo vai cair
Acabar, desabar?
Não importa o que se tente
Não importa o que se faça
Acabará e não há nada a fazer...

Já se sentiu alijado?
Prostrado, frustrado,
Estagnado?
Impedido de agir,
De mudar,
Fraco demais....

Já se sentiu assim?
Como se tivesse só que ficar
Que parar e esperar o fim?
Sentado, apenas esperando,
Inerte e perplexo,
Somente esperando pelo fim...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mundo Paralelo



Buscando alternativas,
Soluções, inovações
Provocações
Novas inovadoras,
Meu mundo paralelo

À margem,
Da realidade cinza, chata
Mundo travado,
Pessoas padrão
Todas moldadas
Na mais opressora
Linha de produção

Crio um mundo todo meu
Onde sou feliz
E onde todas as possibilidades são reais

Meu mundo paralelo,
A verdade predomina
E nada é tão impossível

Meu mundo paralelo
Tudo é meu e na hora que quero
Todas as mulheres são minhas
Na hora que quero
Ninguém se magoa
Ninguém se machuca

No meu mundo paralelo,
Não tenho problemas de relacionamento,
De dinheiro, de trabalho
O futuro é todo meu

Crio saídas
Alternativas,
Tempo infinito
Felicidade total
No meu mundo paralelo

Onde escapo,
Fujo, desabafo
Choro
Sonho

Meu mundo paralelo...

domingo, 3 de julho de 2011

Ilusões




Você vive a sonhar,
Imaginar,
Devanear...

Um mundo melhor,
Tudo muito melhor,
Muito melhor que isso aqui

Que você vive
Apenas sobrevive
Mundo quadrado,
Padronizado, sistematizado

Você vive,
Querendo fugir,
Querendo sair

Querendo chorar,
Querendo gritar,
Por tudo que poderia ser e não foi
Por tudo que tinha que ser e não é

Por tudo que era pra ser e nunca será!

Vivendo de ilusões
Alguma droga mágica que me salve
Me tire desse marasmo,
Sarcasmo
Do mundo sobre mim

Ilusões,
Povoam minha mente,
De quando tudo vai mudar....

Quando tudo vai mudar?

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Viajante



O andarilho,
Deseja viajar,
Sair,
Fugir

Desse modo de vida organizada,
Toda padronizada e quadrada
Pessoas que criam raízes
E vivem se julgando

O viajante,
Andarilho,
Deseja correr,
Acalmar seu coração
Tão ávido por algo novo

Carro, casa
Cargo
Isso não o fascina,
O que o fascina
É a aventura,
Toda a cultura que o mundo pode oferecer

Deixa seus filhos pelo mundo
Enquanto viaja sem fim
Ásia, Europa, América
Austrália
Todos os lugares e todas as praias

Toda a natureza,
Toda a beleza do mundo
Pra se admirar
Sua riqueza, seu patrimônio
São sua história,
Suas aventuras

Os amores
Deixados por ae,
Mil histórias
Não tem propriedades,
Mas fala com propriedade
Sobre as maravilhas do mundo

E o viajante,
Deseja viajar,
Fugir, correr
Se entreter,
Entender,
Mais desse mundo louco....

O viajante,
Segue
A viajar
Em algum lugar...

sábado, 18 de junho de 2011

O Castigo dos Céus



Assim o mundo vos ensinais,
Jogando o tempo todo,
Flertando com a maldade
A bajulação barata

Assim vos ensinais o mundo
Trouxa é o honesto
O bom é o desonesto
Assim que é bom

Assim o mundo vos trazeis
Crianças eternas
Pensando que são reis
Não suportam a negação

Ensinai-vos todos
Tanta maldade,
Tanta hipocrisia
Tanta falsidade

Ensina-me, ó mundo
Como não me perder!
Como não ser assim!
Como fugir?

Assim o mundo vos ensinais,
Amizades e gestos artificiais,
Banais

Assim o mundo vos ensinais,
Que conseguirás vossa promoção,
Por jogo sujo e bajulação,
Obtereis vosso sucesso,
Se entregando ao fisiologismo

Assim a vida vos ensinais,
Ser humano,
Corrupto e perdido,
Submisso,
Perda total da alma,
De valores
Do berço
Da família

Vos ensinais céus!
Que o mundo não era para ser assim
Que tudo foi o desvio dos homens
A maldade dos homens
O castigo dos céus

Acometendo-se sobre nós
Poucos trouxas e honestos
A passar tantos tormentos,

Sofrer, sofrer, sofrer
Até quando?
E para quê?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mágoas




Mágoas,
O que não se pode falar,
O que não se pode dizer
Em nome do bem entre todos

O que tem que se esconder
O que não se pode assumir
Pelo bem de todos

E assim temos que tocar
Cada um nas suas diferenças
Diferentes pensamentos,
Diferentes crenças

É assim que temos que viver
Nesse equilíbrio de forças
Cada uma puxando de um lado
E desgastando, arranhando,
Pouco a pouco

Tanta coisa entalada
É assim que temos que seguir
Pelo nosso bem
Pelo bem de todos
Pela humanidade

Sossegue,
Acalme seu coração,
Esqueça,
Apague a mágoa

Levante,
Siga em frente
Cure suas feridas
Agora tão expostas

Esqueça,
Levante a cabeça
Senão nunca acaba,

Esqueça....

segunda-feira, 30 de maio de 2011

The Everlasting Nightmare



Got lost,
You got lost
You lose
Yourself
Within you

Get lost,
Got broken,
In a dark maze
Inside yourself

Got lost
Get lost
Get rid of yourself

Misunderstandings,
Lots of feelings
Confusing you,
Weakening you

You have lost your soul
Your peace
Your sense
Your mind
Your control

A maze
Inside of you
Anger, fear
Negative thoughts

Never ends
Never stops

You lose
To yourself
To your feelings
To your inner self
Dominating you

Forever...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

De aparências....



Desvios,
Mazelas,
Traíções

É o mundo de aparências
Atos dissimulados
E segundas intenções

Você quer,
Proteger seu orgulho,
Preservar seu ego

Tanto faz,
O que é real ou não
Orgulho cego

Mantenha distância,
Mantenha aparência
Assim é que faz

Finja, minta
Dissimule, simule
A sua alma
Aqui jaz

Mentiras,
Desentendimentos e desvios
A falácia,
Hipocrisia

Você?
Logo você?
Fazendo isso?
Quem diria...

Assim segue
Assim a vida segue
Vida que segue

Assim mesmo...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Equilibrista



Equilíbrio precário
Você entre várias forças
Cada uma puxando de um lado,
Te arranhando, desgastando
Dia a dia,
Pouco a pouco

Equilíbrio de forças,
Você é a balança.
Aguenta sentimentos negativos
De toda a parte

E agora,
Você carrega,
O peso do universo
Todo nas suas costas

Tentando contra balancear,
Tentando julgar,
Tentando sempre pacificar

Todas as forças,
Contra você,
Você é o equilibrista,
Vai tentando se esquivar,
Com sua habilidade,
Vai tentando se segurar

Muitas forças,
Sentimentos destrutivos,
Interesses opostos
Contra você

A guerra
Em ponto de ebulição,
A bomba,
O estopim,
Você vai tentando desarmar

Vai tentando aguentar
Sozinho,
Calado,
Lutando

Até não dar mais,
Até não aguentar mais...

Até tudo desmoronar...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Higienópolis,05/2011



Sou da gente diferenciada,
Ando de metrô, trem e busão
Sou dos que não ganham mesada
Trabalho o mês inteiro pelo meu quinhão

Sou da gente diferenciada,
Não nasci em berço de ouro
E de herança não deixo nada
Só minha alma, minha paixão, meu couro

Você chama de gente diferenciada
Quem você julga pobre na beira do precipício
A grande massa aguenta calada
Você descansa no seu embolorado edifício

Abastado desde criança
Longe da favela, na parte nobre da cidade
Deita e rola com a sua herança
Sem a mínima noção da realidade

Empresários, lobistas e judeus
Famílias de tradição e centenárias
Não se parecem com nenhum dos seus
Suas ilhas de fantasia imaginárias

De brancos, ricos e bonitos
Longe da maioria brasileira
Pobres, mulatos e aflitos
Pegam no batente na segunda-feira

São seus empregados, braçais e serviçais
A seu dispor e seu serviço
São ignorantes, sujos e iguais
Nasceu para sempre viver submisso

Você e seu universo umbigo
Carro luxuoso, ar condicionado, trânsito infernal
Você carrega consigo
O egoísmo de um débil mental

Ao barrar o interesse coletivo
Por preconceito e burrice
Cava seu caminho ao abismo
Mente burguesa cheia de sandice

A cidade continua então padecendo
Trânsito, enchente e poluição
Não importa tudo o que vem acontecendo
O que importa é seu bairro e sua tradição

Assim, você escreve sua triste história
De um bairro ora tão decente
Agora joga no lixo toda sua glória
Triste mentalidade de uma burguesia decadente

Tenho orgulho em ser da gente diferenciada
E não ser assim tão igual
Pobre, limpa e que não deve nada
Higienópolis, vergonha nacional

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Balance



Your balance,
Disturbed,
Unbalanced,
Confused

The balance,
Has been affected,
Has been broken,
Has gone,

You´re dizzy
Sleepless.
Careless,
Senseless,
Anxious.
Praying for the solution

Wishing the silence and serenity
To come back and reign again
Peace of mind has gone
You´re now all alone

On your own....

Pale,
Skinny,
Decaying,
Forever more

No balance,
Stressfull,
Insomnia,
Can´t get no sleep

Drugs,
Addicted,
All you want now
Is to escape somewhere

No matter,
What you will do,
What you consume,
All the same

This is not enough
Never enough
All you try,
Worthless,
You can´t recover

The balance lost,
The time you lost
And the time left
It´s short and running out

Everything seems to be gone
Forever,
Never return,
The balance you had before

Your balance has gone
Your health has gone
Your peace has gone
Your life has gone....

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Donna



Quero me perder,
Só por um momento
Quero me embriagar
Quero fugir desse tormento

Quero experimentar
Fruto proibido
Libertar minha libido
Quero extravasar

Vontades reprimidas
São de sua natureza
O jantar sobre a mesa
Tentações suicidas

Dominação instintiva
Seu ser e você
Interior a crescer
Intenção primitiva

Quase a se perder
Já está a suar
Sua vontade já está
Dominando você

Espantar seus demônios
Como fazer?
Tentação a crescer
Dominar seus hormônios

Contra a moral
E boa prática
Não há tática
De ser racional

Quase a se render
Nessa guerra perdida
Tentação proibida
Você vai se perder....

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Palavras ao Vento





Você tenta pegar,
Os grãos de areia,
Que o vento levou
Em desespero,
Pelo vento que passou...

Olha para trás,
Era você jovem,
Livre e sem responsabilidades,
Alegre, fugaz
Energético, vibrante

Suspira,
Chora,
Pelo castelo de areia,
Que aos poucos foi levado,
Pelo vento que passou...

Tenta enxergar suas pegadas,
Voltar atrás na trilha,
Mas rastro foi apagado,
Não há como voltar,
Foi o vento que passou...

Levando qualquer chance,
De voltar, reviver,

Os tempos da bonança,
Os tempos áureos
Aurora de sua vida,
Levada,
Por esse vento que passou

A oportunidade passou,
Você perdeu,
Você sofreu, ainda sofre
A chance da sua vida
Perdida no vento que passou

Nos seus ouvidos
Ecoa a brisa,
O chacoalhar das ondas,
Cantoria de gaivotas,
A plainar
O silêncio da sua solidão

Na sua cabeça,
Ecoa a dúvida, 
A incerteza, a tristeza
Por quê deixar passar
A chance, que não volta mais
Ser levada pelo vento que passou?

Esse vento que passou,
Te deixou aqui sozinho,
A se perguntar
A olhar o mar,
A sentir os grãos de areia,
A saudade,
A lembrança,
A alegria.
Levada pelo vento que passou


sábado, 16 de abril de 2011

Sonhos interrompidos



Sonhos interrompidos,
Mutilados,
Afastados,
Para sempre,

Violentados,
Sangue derramado,
Sangue inocente derramado,

Na neurose,
Psicose,
No surto,
Na insensatez de um mundo insano,
Excludente e perturbador

Sonhos terminados,
Sangue derramado,
Cenário de terror,
Lares despedaçados,
Pais a chorar,
O mundo a perguntar:
"Por que?"
"Como?'

A sociedade a questionar
O próprio monstro que criou,
Nesse mundo individualista
Excludente, guiado por aparências

A cria do mundo cruel
Criou asas, para o crime
Voou,
Enviou anjos para o céu,
E traçou vôo para o inferno

Mas os sonhos,
Estes nunca voltarão,
Ficarão pelo caminho,
Nas brincadeiras de ontem,
Na esperança que restou,
No sangue que se derramou,

Em todas as marcas,
Em todo o sofrer,
Em todas as cicatrizes que você nos deixou...

domingo, 3 de abril de 2011

As pessoas me cansam....



As pessoas me cansam,
Pequenez, mesquinharia
Hipocrisia

Julgamento alheio,
Olhar coletivo te intimidando,
Criticando sem saber direito
Sem se aprofundar

Pessoas que me cansam
Necessidade de auto afirmação
Marketing sem produto
Imagem sem conteúdo

Me cansam por seus sonhos banais e comuns
Sem essência e profundidade
A casa, o cargo, o carro
O casamento, falido ou não,
Não importa,
Parecer sozinho é pior do que o martírio acompanhado

Hipocrisia sem limite,
Ganância a qualquer custo,
As pessoas não se cansam
Mas eu já cansei...

De todas as falácias, fofocas e mentiras,
Dos invejosos à espreita
Dos limitados preguiçosos,
Dos frustrados,
Dos fracos e pobres de alma
Endinheirados e presunçosos

Das injustiças,
Do inferno,
Da mentira
Já cansei....

Pessoas me cansam
E se multiplicam como pragas,
Como câncer....

Cada uma olhando para seu umbigo
Sua imagem,
Seu próprio mundo
Dentro da redoma de vidro

Pessoas me cansam tanto,
E eu já cansei de tudo....

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Mito



Não morres,
Nunca morrerás,
Em nossas almas,
Para sempre viverás

A arte que fizeste,
A grandeza que tiveste,
E tudo aquilo que fizeste

Nunca morrerás....

Em nossas almas,
Nossos corações,
Carentes de arte e de alegria
Em nossa pátria
Maltratada e carente de ídolos

Para sempre viverás....

Não importa onde estejas,
Não importa com quem estejas,
Os deslizes desta vida,
As perdições que desfrutaste,
As noites sem fim e sem rumo

Nada disso importa...

Abençoado,
Iluminado,
Predestinado

E não importa,
Todas a vezes que caíste,
Sempre te levantaste com maestria,
Renasceste,
Maior e imortal,
E imune a tudo

Todas as feridas de teu sofrido corpo,
Tu cicatrizaste,
Todas as mágoas do teu sofrido coração,
Teus críticos, inimigos
Esqueceste, superaste,
Foste maior e inatingível

Tua história, tuas glórias
Nada apagarás,
Nunca

E mais uma vez,
Renascerás,
Em nossos corações,

Para sempre viverás...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando Eu Quis Fugir



Vivo sonhando,
Pensando,
Delirando...

O dia que eu sair daqui....

Vivo sonhando,
Querendo,
Sofrendo,
Desejando,
Ardentemente,

O dia em que vou sair daqui...

Amando,
Sofrendo,
Chorando,
Soluçando,

Mas um dia vou sair daqui

Ser feliz,
Voar,
Amar,
Ser livre!

Verdes mares,
Céu azul,
Flores rosas
Todas as cores,

Que sejam alegres e nunca esse cinza!

Vivo tanto a desejar,
A imaginar, imaginar
E nunca ver chegar
Pasárgada querida,
Epílogo desta vida sofrida

O dia que eu sair daqui...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

2014




O caos,
A chuvas no Rio,
As chuvas em São Paulo,
Enchurradas,
Destruição...

A Copa no Brasil....

Desabrigados,
Mortes,
Deslizamento,
Moradias precárias,
Improvisadas,
Em encostas,
Lugares inadequados,

A Copa no Brasil...

Flagelo,
Fome,
No Nordeste,
A seca,
Miséria
Milhões sem um centavo por dia,
Nascendo derrotados,

A Copa no Brasil...

Milhões, bilhões gastos,
Desviados,
Recursos,
E quem vive sem recursos?
Sem  escolas, hospitais superlotados,
Políticos engravatados,
Desviam o foco,
Jogos e palavras bonitas e ensaiadas....

A Copa no Brasil...

Queremos ser o país do futuro,
Bola da vez, emergente,
Famoso, popular,
Em alta....

Aparecer para os gringos,
Mas quando os gringos vierem,
Torçam para não chover,
Para avião não atrasar,
Para os ladrões estarem bonzinhos
E os estádios prontos....

A nação cega,
Se cala,
Disfarça,
Vira as costas para suas próprias mazelas
Tenta esconder suas favelas

A Copa no Brasil...

Para os mendigos
Convivendo com os executivos na Avenida Paulista
Para os Prédios da Orla do Nordeste,
Escondendo Favelas,
Para Copacabana,
Na frente dos morros,

Para a nação,
Iludida pela bola,
Para o país,
Que caiu em mais uma lorota dos políticos

A Copa no Brasil....

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amor, Desamor



Interesses,
Desentendimentos.
Falácias,
O mais puro desamor

Tristeza,
Solidão,
Mentira,
A mais profunda dor

Pessoas,
Não se entendem,
Não se gostam,
Nesse mundo sem cor

Vejo o ódio,
Ignorância,
A guerra,
Soturno clamor

Me leve,
Me tire daqui,
Me embriague,
Que passo a vida em torpor

As trevas,
Escuridão,
Minha prisão,
Por quê o sol foi se por?

Não nasce mais,
Noite eterna,
Sombria,
Penumbra por onde eu for

Sonhei,
Ingênuo,
Imaginei,
A mais perfeita flor

Quero fugir,
Quero sair,
Quero viver,
Só,
Só com você...

...para vivermos de amor!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Mundo Gira Ao Contrário




O mundo gira ao contrário,
Guerras, fama e vaidade
E nesse destino temerário
Insignificante é a verdade

Tudo está ao contrário
Corruptos no poder,
Poderosos sem caráter
Sempre triunfando

O mundo sempre ao contrário,
O sem caráter vencendo
Te zombando, tripudiando
Pobres podres, esquecidos,
Paupérrimos

O mundo gira ao contrário,
Sem translação, só anti-rotação
Revolução,
Pura destruição,
Da natureza,
Da beleza,
Da ética

Ciranda ao contrário
A dança dos amores frustrados,
Você cobiça o que é meu
Legítimo e por direito
Inveja, avareza,
Ciúmes da felicidade alheia

O mundo gira ao contrário,
Neste triste cenário,
Céu sem estrelas,
Sem brilho,
Você rouba meu brilho,
Meu sol,
Meu céu,
Minhas estrelas

E o mundo gira ao contrário,
Continua girando...
Até....

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Balzaquiana

Pela noite, tanta solidão
Beijos descompromissados
Discursos decorados
Vale-tudo da sedução

Garotas alimentando a ilusão
Do príncipe e da fantasia simplória
Um momento único é a glória
Assim se disfarça toda a desilusão

Pela noite é imensa a solidão
De quem perdido, pela noite vaga
De quem tanto e sempre se embriaga
Procurando a esperada solução

Fingindo estar tão tranqüilo
Alimenta o ego em frente aos demais
Mas no fundo não pára de pensar naquilo
Você tenta ignorar os sinais

Pela noite, intensa solidão
De individualidades que não se somam
De corações que se dividem
De sonhos que se subtraem
De frustrações que se multiplicam

Mas a noite te trouxe assim,
Provisória companhia,
Ela logo se vai, ao raiar do dia
Eu sei que não era bem isso que você queria,

Hipocrisia...

Pela noite, segue a solidão
Com apenas mais uma história
Somente sonhos, nunca a verdadeira glória
Tente disfarçar a situação

Passam os dias, ainda resta a solidão
Disfarce seu desespero,
Gabe-se das noites até seu enterro
E negue a todos
Toda a sua imensa solidão...