quarta-feira, 16 de maio de 2012
Quando Meu Silêncio Fala Por Mim
Às vezes eu prefiro assim,
Quando meu silêncio fala por mim
Eloquente, barulhento,
Intenso e sangrento,
Às vezes é melhor assim,
Quando meu silêncio fala por mim,
Não é necessário falar,
O silêncio vai me expressar,
Não há mais nenhuma ação
Essa é a mais constrangedora reprovação
Sentimento reprimido de revolução
Por ora a melhor solução
Não xingo, não brigo,
Não contrario
Apenas silencio,
Em mim, comigo
Ofereço o vivo vazio,
Avassalador, violento, vibrante
Veemente, voraz
Reverberando no vácuo vivaz
Alto e ensurdecedor,
Deixa a todos em imenso torpor
Decifrar de quem é essa dor
Qual é o valor desse horror
Grito com meu silêncio,
Calado e contido,
Marcante e intenso
Doloroso e ardido
Não que queira sempre silenciar,
Só não é a melhor hora de falar,
Agora se recolher, mas não se entregar
Mas depois tudo vai voltar
Quem cala consente,
Mas quem cala também sente,
Que não é sempre a hora
Que o mundo não é para agora
Não vem a palavra nua
Mas a luta sempre continua,
O silêncio não é aceitação
Apenas momentânea resignação
Às vezes eu prefiro assim,
Quando meu silêncio fala por mim
Quando palavras não falam por mim
Mas o silêncio me entende no fim
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Benção
Convivendo com a maldade,
Sempre calado,
A qualquer idade
Estou paralisado
Sempre sorrindo,
Nunca a desafiar
Se deprimindo
Não se revoltar
O mundo assim
Politicamente correto
É farsa sem fim
Inferno concreto
Mentira sem base,
Vida sem alicerce,
Sair dessa fase,
O mal sempre cresce
Que Deus abençoe,
Esse mundo perdido,
Sigo iludido,
Que Deus abençoe!
terça-feira, 1 de maio de 2012
Subserviente
Sou subserviente,
Conivente,
Impotente,
Sem força pra mudar
Subserviente,
Eterno servente,
Descontente,
Só almeja continuar
A seguir este curso
Mundo injusto e desonesto
Admiráveis pessoas de poder
Admiradores rumo ao absurdo
Seguindo o curso deste rio
Rumo à pura maldade
A mais pura realidade
Destino cinza e frio
Sou subserviente,
Da corrupção e da mentira
Vista grossa
Para o suborno e para a intriga
Sou subserviente,
Em nome do status social
Da continuidade,
Da não mudança
Status quo,
Continuidade,
Da maldade
Sou subserviente,
Sobrevivente do sistema,
Quero apenas continuar
Sobreviver e não viver,
Seguir o rio
Sem brio,
Sem remar contra a correnteza da maldade
Sou subserviente,
Servente,
Impotente
Para sempre
A continuar,
Sem mudar,
Nunca pensar...
Para sempre....
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