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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Quando Meu Silêncio Fala Por Mim






Às vezes eu prefiro assim,
Quando meu silêncio fala por mim
Eloquente, barulhento,
Intenso e sangrento,


Às vezes é melhor assim,
Quando meu silêncio fala por mim,
Não é necessário falar,
O silêncio vai me expressar,


Não há mais nenhuma ação
Essa é a mais constrangedora reprovação
Sentimento reprimido de revolução
Por ora a melhor solução


Não xingo, não brigo,
Não contrario
Apenas silencio,
Em mim, comigo


Ofereço o vivo vazio,
Avassalador, violento, vibrante
Veemente, voraz
Reverberando no vácuo vivaz


Alto e ensurdecedor,
Deixa a todos em imenso torpor
Decifrar de quem é essa dor
Qual é o valor desse horror


Grito com meu silêncio,
Calado e contido,
Marcante e intenso
Doloroso e ardido


Não que queira sempre silenciar,
Só não é a melhor hora de falar,
Agora se recolher, mas não se entregar
Mas depois tudo vai voltar


Quem cala consente,
Mas quem cala também sente,
Que não é sempre a hora
Que o mundo não é para agora


Não vem a palavra nua
Mas a luta sempre continua,
O silêncio não é aceitação
Apenas momentânea resignação


Às vezes eu prefiro assim,
Quando meu silêncio fala por mim
Quando palavras não falam por mim
Mas o silêncio me entende no fim


sábado, 28 de abril de 2012

Se Perdendo...





Algo se perdendo
Pelo caminho,
Algo que ia escrevendo
Pergaminho

Algo perdeu a cor
Se perdendo assim
Dessabor,
Rumo ao fim

Algo assim,
Desbotando
Não afim
Definhando

Perdendo inocência,
Perdendo pureza,
Se vai a decência
Se vai a beleza

Algo se perdendo,
Assim,
Pelo caminho
Rumo ao fim