sábado, 10 de novembro de 2012
A Deusa Ícarus
Você sempre quis voar,
Ao alto longe,
Nunca quer parar
Para sempre voa avante
Céu azul de brigadeiro,
A vida livre que se encena
Parte o voo derradeiro
Mas suas asas são de cera
E assim mesmo. vai desbravando
Não há mais volta ou como deter
Não adianta falar, é impossível controlar
O plano de voo, seu imenso jeito de ser
Sua mania de querer voar
Sempre tão independente
Vive para querer viajar
Sempre vagar indefinidamente
Você que sempre quer voar
As asas são de cera
Nunca pára pra pensar
Quer furar o céu
Quer tocar o sol...
E, logo quem acha que voou
Asas de cera derretem no calor
Apenas o barco naufragou
Não há mais vida e nem amor
Ícarus realizou seu sonho,
Morreu pela história
Voou e tocou o sol
E agora é apenas memória
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Cidade Opressora
Eu vivo na cidade opressora,
É muito grande, há poucos espaços
Tudo lotado,
Carro, gente, trens lotados,
Ônibus cheios,
Prédios,
Prédios,
Prédios,
Asfalto,
Asfalto,
Concreto,
E mais asfalto
Vivo na cidade opressora,
Condomínios fechados,
Carros blindados,
Muros,
Grades,
E o medo...
Medo da situação,
De sair sozinho de noite
De bandidos à solta
E cidadãos de bem presos em suas casas
Cidade opressora,
Não vejo árvores,
Respiro enxofre,
Tento enxergar o céu azul atrás da nuvem marrom
Gente apressada,
Gente estressada,
Carrancuda,
Amedrontada,
Oprimida,
O céu não se vê mais,
Poluição e novos prédios
Mil parcelas,
Menos verde
Menos verde,
Mais gente,
Menos civilidade,
É muita gente
Oprimida,
Comprimida,
Tão sofrida....
A verdade percursora
A cidade é opressora...
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