sábado, 10 de novembro de 2012

A Deusa Ícarus




Você sempre quis voar,
Ao alto longe,
Nunca quer parar
Para sempre voa avante

Céu azul de brigadeiro,
A vida livre que se encena
Parte o voo derradeiro
Mas suas asas são de cera

E assim mesmo. vai desbravando
Não há mais volta ou como deter
Não adianta falar, é impossível controlar
O plano de voo, seu imenso jeito de ser

Sua mania de querer voar
Sempre tão independente
Vive para querer viajar
Sempre vagar indefinidamente

Você que sempre quer voar
As asas são de cera
Nunca pára pra pensar

Quer furar o céu
Quer tocar o sol...

E, logo quem acha que voou
Asas de cera derretem no calor
Apenas o barco naufragou
Não há mais vida e nem amor

Ícarus realizou seu sonho,
Morreu pela história
Voou e tocou o sol
E agora é apenas memória

Um comentário:

Luciano disse...

Teu tipo de poesia é tão barata que é capaz de sobreviver a um apocalipse nuclear.