Aí estão,
A pão de ló
Voa no alto
Terno, gravata
Paletó,
Rasante planalto
De alta nata
Estirpe elegante
São tão ilutres
Carne nova,
Jaz putrefante
Vem como abutres
A sangria vai começar.
TV´s. internet, rádio
Rede nacional
O povo
Tão unânime
O Congresso Nacional
É pusilânime
Classe política
Malemolente
Sustenta esse sistema
Tão indolente
A carnificina
Nunca acaba
Grande mídia
Continua pacata
Sangra o povo
A agonizar
Nas veias desse país
Sangue a jorrar
Da justiça que não vem
É letárgica
Cure essa conjuntura
Hemorrágica
A carnificina
Sensacional,
Nada é escondido
É institucional
Grande imprensa
Não posiciona,
Querem manchetes
Não questiona
La vai o cidadão
Alijado
As garatias primárias
Lhe é negado
Cultura é lixo,
Sufocada pelo imediatismo,
Sugada pelo consumismo
Paralisada pelo comodismo
Classe média rasa,
Limitada,
Conservadora,
Mas explorada
Oligarquias oportunistas,
Exploradoras,
Chantagistas
Poderosos e políticos,
Assim se for eleito
Sangram um lindo país
Para próprio proveito
Segue carnificina,
Órgãos vitais,
A falência é múltipla
É viral
Segue o país
Tragicômico
Funcionamento público
Anacrônico
Verborragia
Patriótica
Qualquer mudança
Ilusão de ótica
Sangra o povo
Tudo legitimado
Usurpação
Pelo Estado
Enganação
Nacional
Carnificina
Institucional